Dentre tantas coisas que eu gostaria de compartilhar aqui, neste texto eu quero escrever sobre uma coisa que me aconteceu, justamente, hoje.
Para explicar, compartilho algo pessoal. Desde os meus quatorze anos sinto, eventualmente, uma dor, Mittelschmerz, mais conhecida como dor da ovulação. É algo simples. Algumas mulheres sentem. E, para algumas - eu, em quase todas as vezes - essa dor pode ser muito, mas muito incômoda mesmo. Vem de uma hora para outra. Eu não fico esperando que ela chegue, mas, bem, como mulher, eu posso prevê-la. E ela tem vindo muito mais do que eu gostaria.
Chegou hoje, assim, como quem não quer nada, atrapalhando meus planos de treinar a noite, depois de um dia que acabou sendo muito bom.
Em outras épocas - aquelas em que eu era oito ou oitenta, não há muito tempo - eu provavelmente desistiria, indo me contentar com um banho quente. Não desta vez.
Como diz um amigo meu, eu sou muito teimosa. Mas, talvez, eu esteja mais teimosa ainda do que sempre fui. Por que desistir de algo que você sabe que, no fundo, vai fazer bem para você? A dor não estava, assim, tão forte, e eu poderia fazer aquilo de forma mais leve. E fiz.
Em muitos casos, não é porque eventualidades possam parecer atrapalhar o seu dia, que você precisa desistir daquilo que você quer (ou precisa) fazer. Você não tem que ir de um oposto à outro, ser o oito ou o oitenta. Várias coisas podem ser feitas com mais leveza. E, as que não derem para ser feitas nem de forma leve, bom, simplesmente não deram. Traga leveza para isso, também!
(Por fim, a dor melhorou muito!)
Um beijo,
Ca
Ah… a imagem é de Susan Cipriano por Pixabay.